sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Empreender não é sinônimo de criar empresa

Por outro lado, com a disseminação do conceito de empreendedorismo na sociedade, o comportamento empreendedor passou a ser observado com mais atenção em ambientes onde antes não se pensava haver empreendedores.

Um ator, ao encenar uma peça, pode agir como empreendedor. Na verdade, ele pode agir como empreendedor desde a concepção da peça, no seu planejamento, na sua preparação para o papel, na execução (atuação) e na entrega do produto ao cliente final (proporcionar felicidade, alegria, satisfação, relaxamento, prazer etc.).


Um funcionário público pode ser um empreendedor ao propor maneiras de otimizar os recursos disponíveis para que o serviço prestado à população seja de excelência, com o menor investimento possível e trabalhar para que sua proposta seja implementada.

Uma artista plástica, ao buscar realizar seu sonho de criar e compartilhar o que criou com outras pessoas, empreende e ainda pode fazer dinheiro com sua atividade vendendo suas criações a um público-alvo seleto disposto a pagar pela obra.

Pessoas insatisfeitas ou inconformadas com os problemas de sua comunidade, como a precária educação formal das crianças em um bairro da periferia de uma grande cidade, podem se unir, estabelecer planos de ação, divulgar suas ideias à comunidade, angariar apoio e recursos e colocar em prática ações paralelas àquelas desenvolvidas pelo poder público.

Nasce assim uma organização não-governamental, empreendida por pessoas que querem mudar, não aceitam que os problemas não sejam resolvidos, ou seja, querem empreender algo novo e diferente.

Funcionários de grandes e médias empresas são cada vez mais solicitados a contribuir com ideias para fazer a empresa crescer. Alguns vão além, colocam as ideias em prática, trazendo resultados às suas empregadoras.

Eles são os empreendedores corporativos, responsáveis por inovar em empresas estabelecidas.
Mais recentemente, o crescimento do mercado de franquias no Brasil tem motivado muitos brasileiros a aderir ao movimento, tornando-se um franqueado, ou seja, alguém que monta um negócio a partir de um modelo de negócio já comprovado e aceitando pagar uma parcela dos resultados ao franqueador.

Com isso, o franqueado assume um risco calculado e está disposto a dividir os resultados do negócio com um parceiro, ou quase sócio, da empreitada.

Como se vê, há diferentes maneiras de empreender e os exemplos apresentados não esgotam as possibilidades.

Qual maneira é a mais ou menos adequada para determinada pessoa não vem ao caso, pois essa análise não é simples ou pode ser considerada praticamente impossível de ser feita com precisão.
Porém, o que é mais provável de se identificar é a motivação que leva uma pessoa a empreender.

Por José Dornelas
Fonte
UOL Economia

quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014

Como se planejar para largar o emprego e começar um negócio

Está na hora de tirar do papel um projeto de empreender? Muita gente ensaia por anos fazer a transição de empregado a empreendedor, mas na hora falta coragem, determinação ou capital. A dúvida, neste processo, é inevitável, como explica Cynthia Serva, coordenadora e professora do Centro de Empreendedorismo do Insper. “O medo e a incerteza são comuns. Mudar é sempre um ponto de interrogação muito grande e maior ainda para aqueles que estão em uma situação mais confortável do ponto de vista financeiro”, diz.




Mesmo assim, muitas vezes, o dinheiro não é o único motivador. Fazer algo que traga prazer e satisfação vale mais e compensa o risco. “Empreender envolve muitos desafios e incertezas. O empreendedor é movido pela paixão, pela vontade de fazer acontecer. Não ter medo de se arriscar e ser persistente são características do perfil empreendedor”, ensina Paula Esteban, professora do Ibmec/RJ.

Antes de arriscar, é importante avaliar se a sua ideia de negócio é viável e tem potencial. “Fazer um protótipo para que possa receber feedback de potenciais clientes e, então, elaborar as adaptações necessárias é recomendável. A análise de viabilidade econômica e financeira é crucial para que se tenha uma visão clara e se possa delinear os riscos e oportunidades do negócio”, diz Paula.

Para minimizar as dúvidas, é possível planejar este momento e fazer com que 2014 seja o ano da virada. Confira as dicas de Paula e Cynthia para quem pensa em largar o emprego e empreender neste ano.

1. Converse com a família
Quem tem filhos e muitas contas a pagar, como um financiamento da casa, precisa avaliar com cuidado esta mudança de carreira. “A família deve ser envolvida no processo de decisão, já que o apoio pode ser importante, tanto em situações em que é necessário cortar gastos em casa quanto nos momentos nos quais o empreendedor precisa abrir mão do tempo livre para se dedicar mais ao negócio”, diz Paula.

2. Planeje-se financeiramente
O segundo passo é fazer um planejamento financeiro. Decida quanto está disposto a ganhar para poder largar o emprego. “Qual o montante que você considera relevante não só pra investir, mas que te dá um fôlego financeiro até o negócio começar a girar”, questiona Cynthia.

Avalie o quanto está disposto a abrir mão em relação ao seu padrão de vida, por exemplo, para desenvolver o negócio. “O empreendedor precisará de recursos financeiros não só para investir no novo negócio, mas inicialmente o negócio poderá não gerar lucro suficiente para manter o padrão que se tinha quando era empregado”, explica Paula. Ter uma poupança para ficar tranquilo por um período resolve parte das incertezas de começar a empreender.

3. Tenha objetivos e metas
Tanto para o negócio quanto para as despesas pessoais é preciso ter metas e objetivos para avaliar quando é hora de fazer mudanças. “É preciso estabelecer metas ou o medo vai te paralisando”, diz Cynthia.

4. Não espere o momento certo
Esperar o momento certo é um erro comum. Muitos empreendedores condicionam o início do negócio a capital. Outros esperam uma luz divina para saber que é hora de começar. “Não tem momento certo e muitas pessoas fazem essa pergunta. É muito pessoal e você mesmo vai ter que responder. Não é o dinheiro que vai fazer se sentir preparado, é o desejo. E o risco e o medo são inerentes. Para alguns paralisa, para outros é combustível”, define Cynthia.

Avalie seu momento de carreira e de vida, faça uma poupança e estruture o que será preciso para iniciar o negócio. “O empreendedor tem que ter consciência de que a sua presença é fundamental para liderar e motivar a equipe”, diz Paula.

5. Tenha mentores

Também para aliviar a tensão é importante procurar mentores. “Pessoas mais experientes, que já passaram por desafios similares, ou que tenham vivências em negócios, podem auxiliar em momentos de dúvida, na tomada de decisão, ou até mesmo para trocar ideias sobre o melhor caminho a seguir”, diz Paula. Deixar a timidez de lado e abordar pessoas com este perfil pode trazer mais segurança.

6. Comece!
Não esperar o momento certo também indica, de certa maneira, começar. Manter o emprego e o negócio em paralelo ajuda a ir criando mais confiança para decidir por um dos dois. “Em muitos casos é possível conciliar o início do empreendimento com o trabalho atual, porém isso deve ser feito de forma consciente, transparente e planejada para não prejudicar a posição atual”, diz Paula.
Vale continuar mais um tempo no trabalho atual e fazer uma poupança para só depois sair e se dedicar ao novo empreendimento. “Um ponto é realizar todas as atividades iniciais para estruturar o negócio enquanto ainda estiver no emprego. Escolher o sócio, fazer pesquisa de mercado, estabelecer parcerias, fazer planejamento financeiro, elaborar o plano de negócios, testar o produto ou serviço e instalar a operação inicial são exemplos de atividades que já podem ser feitas”, indica Paula.

Fonte
Revista Exame

quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

4 dicas para empreender depois da aposentadoria

Nem todo empreendedor decide abrir sua empresa quando ainda é jovem. Algumas pessoas só conseguem tomar essa decisão quando se sentem realmente seguros, como, por exemplo, depois de se aposentarem.
 
Sean Castrina, autor do livro 8 Unbreakable Rules for Business Start-Up Success (8 regras imbatíveis para o sucesso de uma startup) deu uma entrevista para o site da revista Entrepreuneur, listando quatro dicas que podem ajudar quem está decidindo empreender nessa fase da vida.

Segundo ele, muitos desses empreendedores mais experientes rejeitaram a possibilidade de viver uma vida sossegada para abraçar a liberdade e empolgação de abrir um negócio. Castrina ainda afirma que alguns deles têm maior chance de serem bem-sucedidos do que os mais jovens.

Confiram as dicas do autor:

1. Aposte na experiência: confie nos anos de trabalho que você acumulou na hora de decidir em que área empreender e como tomar decisões. O seu currículo mais experiente também trará mais confiança para os clientes que você conquistar.

2. Escolha um negócio que se encaixe com suas finanças: pense no modelo de empresa que seja possível de acordo com o dinheiro que você acumulou ou recebe de sua aposentadoria, sempre se lembrando dos riscos que podem fazer com que você perca tudo.

3. Identifique suas fraquezas: muitos empreendedores pós-aposentadoria acham que precisam aprender tudo sobre aquelas áreas que têm mais dificuldades – talvez tecnologia ou mídias sociais -, mas Castrina aconselha que eles contratem pessoas para atuar nesses setores e se concentrem no que sabem fazer de melhor.

4. Encontre tempo para aproveitar sua aposentadoria: não é porque você tem o sonho de abrir sua empresa que você não deve curtir sua aposentadoria depois de tantos anos de trabalho. Ache um equilíbrio para pode se dedicar a essas duas novas esferas de sua vida.

Fonte
Pequenas Empresas & Grandes Negócios