terça-feira, 25 de março de 2014

As vantagens e desvantagens da sua empresa ter dívidas

Os empresários brasileiros, em geral, têm aversão a dívidas. Essa aversão era justificada quando a economia brasileira apresentava sinais de incapacidade de gestão. Contudo, o Brasil hoje oferece alguma possibilidade de estabilidade financeira e econômica. O endividamento oneroso tem a vantagem de que o pagamento de juros pode ser deduzido do lucro operacional para efeito de cálculo do imposto de renda devido.



Isso significa a diminuição do tributo na mesma proporção da alíquota do IR. Se assumirmos uma alíquota de IR de 34%, isso significa que, se uma empresa consegue se financiar a uma taxa de 10% ao ano, na verdade ela acaba pagando somente 6,66% de juros, efetivamente.

Assim, o lucro de uma empresa endividada fica menor se comparado a uma empresa sem endividamento. Esse lucro menor é a fonte da geração do benefício fiscal. Existe uma forma de determinar o nível de endividamento ótimo. Normalmente, esse é o ponto no qual o custo médio ponderado de capital é o menor possível dada a estrutura de capital da empresa.

Vantagens
Benefício Fiscal – a empresa pode deduzir do lucro operacional, para efeitos de cálculo de IR, os pagamentos com juros.

Disciplina – força a empresa a tomar decisões de gestão melhores, pois a dívida deve ser paga.
Desvantagens

Monitoramento – existem custos indiretos de monitoramento para que a empresa possa se endividar, incluindo a existência de cláusulas (‘covenants’) restritivas.

Custos de falência – maior endividamento aumenta a probabilidade de falência.
O ideal é contrabalançar esses efeitos. Se a empresa estiver pouco endividada, um aumento no endividamento pode gerar mais benefícios que custos. Mas a partir de um certo nível, o endividamento é ruim. Calcular o nível de endividamento ótimo é fundamental para aumentar a geração de valor de uma empresa.

Rodrigo Zeidan é especialista em finanças e professor da Fundação Dom Cabral

Fonte
Revista Exame

segunda-feira, 24 de março de 2014

Prática empreendedora X Teoria acadêmica

O problema da academia é que ela traz soluções baseadas em conceitos teóricos que, embora amplamente aceitos, não podem ser genericamente adotados em todas as circunstâncias. Isso é uma verdade ainda maior no campo do empreendedorismo, no qual cada empresa carrega uma história diferente, construída sob circunstâncias distintas e cujas soluções nem sempre podem ser generalizadas. E, diante deste desafio, torna-se fundamental o olhar do empreendedor.




Veja a história de Kwame Jackson, formado em Administração de Empresas pela North Carolina at Chapel Hill e MBA pela Harvard Business School. Kwame aprendeu que o bom líder é aquele que sai do caminho para deixar as pessoas fazerem o que precisa ser feito. E foi este ensinamento que ele colocou em prática quando lhe foi dado o desafio de coordenar um grupo de pessoas na organização de um show beneficente. Esta tarefa foi o último desafio do programa O Aprendiz, em sua primeira temporada, na qual Kwame era um dos finalistas.

O outro finalista era Bill Rancic, fundador da Cigars Around The World e um empreendedor que acredita que o líder deve dar liberdade, mas que também precisa estar atento a todos os detalhes, não podendo sair da operação do negócio para que tudo dê certo no final. Para Bill e sua equipe, outra tarefa igualmente desafiadora lhe foi confiada, a organização de um torneio de golfe também com o intuito de arrecadar doações.

Analisando os resultados, a teoria que Jackson aprendeu em seu caríssimo MBA de Harvard faz sentido se ele tiver uma equipe experiente em organização de eventos, com pessoas dedicadas e motivadas, o que não era o seu caso no desafio em questão. A falta de cooperação e o descaso da equipe quase levaram ao cancelamento do show, visto a total falta de controle sobre a situação vivida por Jackson, que há a poucos minutos de começar o evento ainda estava sem saber onde se encontravam a cantora e a sua equipe.

Bill, por outro lado, cuidava pessoalmente de tudo. Delegava, mas checava e “re-checava” as tarefas de cada um. Seus companheiros, no entanto, estavam irritados, porque ele parecia não confiar em sua equipe, embora se tratasse de um time competente. No fim, problemas também aconteceram, mas Bill conseguiu resolver tudo de forma imediata e o torneio foi um grande sucesso. Não preciso nem dizer que Bill superou Kwame e se tornou campeão da competição, não é? Pecou pelo excesso, é verdade, mas o empreendedor líder sabe que a liberdade é tão importante quanto à proximidade dos liderados.

Marcos Hashimoto é doutor em Administração pela EAESP-FGV, professor e coordenador do Centro de Empreendedorismo da FAAP e pesquisador do Mestrado Profissional da Faccamp

Fonte
Endeavor Brasil

sexta-feira, 21 de março de 2014

O que Realmente é Qualidade do Produto?

Todo empreendedor sensato sabe que a oferta de produtos e serviços de qualidade é fator indispensável à sobrevivência de qualquer empresa. A dúvida surge quando procuramos definir o que significa qualidade. Um artigo escrito na década de 80 por David Garvin, da Universidade de Harvard, traz uma luz interessante para esta questão.




O que tem mais qualidade? Um piano Steinway, em que cada unidade, fabricada com esmero extremo por artistas, tem sua própria sonoridade, sua alma, ou um piano Yamaha, célebre pela uniformidade e confiabilidade das unidades fabricadas? Um Jaguar, construído artesanalmente por técnicos altamente especializados ou um esportivo coreano produzido em larga escala? Um SUV macio e silencioso, ou um jipe robusto, que tem vida útil de 300.000 km ou mais, sem grandes problemas de manutenção? Cada uma destas perguntas pode ter respostas diferentes, dependendo da maneira como se enxerga 'Qualidade”.

Qualidade é, na verdade, um conceito multidimensional, e a compreensão clara dessas diversas dimensões possibilita seu uso como uma arma competitiva de grande importância.

As Dimensões da Qualidade

Desempenho (Performance) :
esta dimensão se refere às características primárias de um produto. Para um automóvel seria, por exemplo, a aceleração, velocidade final, nível de conforto, etc.

Características Acessórias (Features): são os adicionais, os detalhes, o supérfluo que valoriza o produto. O drink grátis no vôo de carreira, o volante regulável no automóvel, a beleza da recepcionista no hotel.

Confiabilidade (Reliability): reflete a probabilidade de o produto falhar em determinado período de tempo. Um produto com reputação confiável obtém boa vantagem competitiva. Até hoje existem saudosistas do Fusca, devido ao fato de ele dar poucos problemas de manutenção.

Conformidade (Conformance): diz respeito ao grau em que as peças executadas correspondem ao projeto. É trabalhando sobre esta dimensão que se obtém ganhos de produtividade, redução de trabalho, diminuição de custos. É o 'fazer certo, da primeira vez'. É possível, que nesta dimensão, uma Ferrari e um Uno tenham o mesmo nível de qualidade.

Durabilidade (Durability): é a medida da vida do produto, bastante ligada a confiabilidade e muito valorizada em diversos tipos de produtos.

Atendimento (Serviceability): refere-se à velocidade, cortesia e competência nos serviços de pós-vendas. Os consumidores não estão apenas preocupados com a eventual quebra do produto, mas também com o tempo decorrido entre o problema e a solução. É uma dimensão explorada pela GM, por exemplo, através do 'Road Service' ou pela Caterpillar, que promete entregar peças de reposição em qualquer lugar no mundo no prazo máximo de 48 horas.

Aparência (Aesthetics): é uma dimensão bastante subjetiva e diz respeito à maneira com que o consumidor enxerga o produto. Pode ser mais ou menos importante, dependendo do mercado visado.

Qualidade Percebida (Perceived Quality): é a mais subjetiva das dimensões e associa-se a uma série de fatores combinados - aparência, robustez, tradição, publicidade, marca, reputação. É aquela dimensão que se manifesta quando alguém olha para um produto e diz: - A gente sente que é coisa boa! É explorada na linha de comerciais do tipo: tal coisa 'não é nenhuma Brastemp', até hoje lembrados.

Não é produtivo para uma empresa atacar simultaneamente todas as dimensões da qualidade. Muitas vezes privilegiar uma dimensão significa abrir mão de outra. Se um veículo tem muitos acessórios (features) provavelmente vai ter um índice de defeitos maior (reliability). Se envenenamos um motor para obter mais aceleração (performance), certamente diminuímos sua vida (durability). Estabelecer um posicionamento estratégico significa abrir mão de alguma coisa, em benefício de outra. Saber gerir bem estes “trade-offs” é um atributo fundamental de um bom estrategista.

A coisa deve ser pensada em termos de:
Quem é nosso mercado e que dimensões ele observa em primeiro lugar?

Em quais dimensões podemos ser realmente bons, melhores que nossos concorrentes?

Concentrarmo-nos em nossos pontos fortes pode ser mais interessante do que remediar os pontos fracos.

Como se posiciona nosso produto em relação às oito dimensões, se comparado a cada um de nossos concorrentes?

Pensar sobre estes pontos e encontrar o 'nicho' de qualidade a ser atacado faz parte de estabelecer uma personalidade própria para a empresa, distingui-la de todas as outras no ambiente competitivo.

André Rezende é fundador e presidente da Prática Fornos, Empreendedor Endeavor desde 2008

Fonte
Endeavor Brasil

Como fazer mais pelo seu negócio com menos dinheiro

Eram muitas as expectativas criadas em torno da Web na década de 90. Quanto mais espetaculares as possibilidades, mais inflacionadas eram as esperanças e maiores foram as frustrações (e prejuízos!). Mas, quase uma década após o estouro da bolha, a Web chega ao seu plateau de produtividade, trazendo para qualquer empreendedor, em qualquer estágio do negócio e em qualquer setor, a possibilidade de fazer muito mais, com muito menos.

 Tal estágio de produtividade é fruto da combinação do contínuo barateamento dos custos de hardware, capturado pela lei de Moore, e dos custos de software, capturado pelo movimento do software livre. Estes, em conjunto, aceleraram também o advento da computação em nuvem e, conseqüentemente, o surgimentos dos modelos freemium e de crowdsourcing, multiplicando as possibilidades, e trazendo benefícios concretos, imediatos e ao alcance de todos os empreendedores.

Tanto a computação em nuvem, quanto os modelos freemium – que permitem experimentar serviços de graça – e crowdsourcing – que permitem a produção coletiva, trazem escalabilidade e elasticidade a todas as atividades da cadeia produtiva e aos modelos de negócio de qualquer empresa. Ou seja, você só investe recursos conforme você cresce seu negócio!

Sob a perspectiva do Canvas de Modelo de Negócio do Alex Osterwalder, podemos elencar algumas dessas possibilidades:

1) Segmentos de mercado: como seria se você pudesse saber o que os consumidores pensam, suas tendências e o que estão buscando? O Google tem várias ferramentas gratuitas que permitem ser muito mais preciso na segmentação de mercado;

2) Proposta de valor: e se você pudesse testar a idéia de um novo produto e consultar potenciais clientes para refinar sua proposta de valor antes de investir no lançamento? Serviços como o SurveyMonkey, permitem isso e muito mais, quase de graça;

3) Canais de distribuição: já imaginou poder distribuir seu produto ou serviço em inúmeros canais em qualquer lugar do mundo? Ofertas como a do zferral, permitem começar sem custo nenhum, um programa de afiliados;

4) CRM: e se você pudesse engajar seus clientes em qualquer plataforma, seja telefone, Internet, celular, etc., e prestar um suporte diferenciado e eficiente? Plataformas como o Zendesk, permitem testar gratuitamente e escalar a baixo custo,o CRM de qualquer empresa;

5) Fontes de receita: qual seria o impacto no crescimento se você pudesse criar novas maneiras de seus clientes testarem e pagarem por seus serviços, customizado por diferentes segmentos de mercado? Empresas como Spreedly permitem estruturar maneiras de aumentar o faturamento de graça até você ter certeza da eficácia do serviço;

6) Atividades produtivas: e se você pudesse gerenciar melhor sua equipe e seus recursos aumentando a produtividade? Serviços como Engagee Basecamp permitem gerenciar equipes e projetos de maneira rápida e barata;

7) Recursos:
quão mais produtivo seria se você pudesse contar com milhões de pessoas disponíveis para trabalhar para você por horas ou minutos, acelerando a execução de tarefas criticas? Plataformas como o Vwork permitem acessar talentos e recursos em qualquer lugar do mundo;

8) Parceiros: e se você pudesse contar com os fornecedores com os menores custos (leia-se chineses!)? No Alibaba, por exemplo, você pode encontrar e estabelecer parcerias com fornecedores de praticamente qualquer produto físico;

9) Estrutura de custos: preocupado em como reduzir custos de infra-estrutura e suporte administrativos? Existem inúmeros serviços como a Amazon Web Services, Prestus e muitos outros que permitem ter assistentes ou servidores virtuais capazes de se adequar a quase qualquer orçamento.

Essas são apenas algumas das inúmeras possibilidades. Para uma lista mais extensa de ferramentas disponíveis, o Startup Tools, por exemplo, é um excelente repositório de alternativas para praticamente qualquer atividade de qualquer empresa – pequena, media ou grande.

Essa revolução permite empreendedores em qualquer estágio testar mercado, lançar produtos, alcançar clientes muito mais rápido e com muito menos capital. Ou seja, fazer muito mais com muito menos. E você, vai esperar o quê para turbinar seus negócios?

Fonte
Revista Exame

quinta-feira, 20 de março de 2014

Como desenvolver a habilidade de negociar

A negociação é uma habilidade inata? Constantemente ouvimos esse questionamento e, para aqueles que acreditam não possuir essa habilidade aguçada, a angústia acompanha a reflexão. Já para os que costumam ouvir frases como “você é um excelente vendedor” e “você consegue convencer a todos os que estão a sua volta”, o alívio é inerente à resposta.



O fato é que negociação não é uma ciência exata, não possui uma dinâmica linear e nem uma “receita de bolo”. Mas também não é pura intuição! Assim, àqueles que acreditam que a negociação se dá automaticamente por ser algo inato, tomem cuidado, pois o autoengano pode prejudicar seu negócio. Já àqueles que se julgam incapazes para negociar, a notícia alentadora é:
negociação é uma técnica que pode ser aprendida!

A negociação possui uma realidade multifacetada:

Econômica: essa é a mais óbvia e comum nas discussões e análises de praticamente todas as negociações. Ela trata da utilização de recursos, da realização de trocas e dos valores em questão. No entanto, ela não se encerra aí, é apenas o começo;

Social: considerar os ritos, regras sociais, usos e costumes da sua interface é importante para alavancar a identificação entre as partes e, com isso, minimizar possíveis resistências tão comuns nas negociações;

Política:
essa faceta se resume em uma palavra: “poder” - poder da troca de informação e persuasão – na qual o negociador procura descobrir o valor de resistência do oponente, com o fim de influenciar o comportamento de uma decisão a ser tomada por outro participante. É preferível escolher uma decisão na qual haja acordo satisfatório entre as duas partes.

Lógica-linguística: a argumentação é a alma da negociação na busca pela “adesão dos espíritos”, sendo que ela se dá tanto pelas trocas verbais como pela linguagem não-verbal. Para essa aproximação entre os negociadores, é fundamental:

- a existência de uma linguagem comum, mesmo com divergência de opiniões em relação a questões determinadas;
- disposição para ouvir e aceitar outro ponto de vista;
- autorização para argumentar.

Psicológica: o viés cognitivo ocorre quando o indivíduo possui qualquer análise tendenciosa, sem respeitar os princípios da imparcialidade. Quando não observado e tratado, pode se tornar um grande entrave na negociação.

Tático-estratégica: em um processo de negociação dois processos básicos devem ser considerados: a importância do relacionamento e a relevância do resultado. Quando os resultados exigem maior relacionamento com sua interface, maior será o esforço para se chegar à conciliação e colaboração, na busca do “ganha-ganha”.

Alguns negociam por puro prazer, outros apenas por necessidade e ainda outros por compulsão. O fato é que negociamos com intuito de obter algo melhor do que teríamos sem negociar. E nesse contexto, ter em mente de que esse processo não é sua exclusividade, mas que pertence também à pessoa com a qual você negociará é um bom primeiro passo para uma negociação de sucesso.

*Renato Almeida Santos é gestor da área de Análise de Aderência à Ética na ICTS Global

Fonte
Revista Exame

quarta-feira, 19 de março de 2014

Mulheres são maioria entre os novos empreendedores

 
As mulheres estão comandando a abertura de novos negócios no país. Dados revelados pelo Sebrae a partir da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) mostram que 52% dos novos empreendedores – aqueles com menos de três anos e meio de atividade – são mulheres. A força empreendedora feminina é maioria em quatro das cinco regiões brasileiras. Apenas no Nordeste elas ainda não ultrapassaram os homens, mas estão quase lá, com aproximadamente 49% de participação entre os novos empresários.

“A cada ano, o perfil do empreendedor brasileiro se torna mais feminino e mais escolarizado”, destaca o presidente do Sebrae, Luiz Barretto. “As mulheres estão investindo em qualificação, buscam acesso às informações, não permitem amadorismo”, afirma. Prova disso é o índice de escolaridade: 49% dos donos de novos negócios – em que as mulheres são maioria – têm pelo menos o segundo grau completo. Já entre os donos de negócios estabelecidos (com mais de três anos e meio de atividade), – em que os homens são maioria – esse índice é de 41%.


A pesquisa GEM aponta ainda que 66% das mulheres iniciam uma empresa após identificar uma oportunidade de mercado. “Elas estão deixando de empreender apenas para complementar a renda da família ou por consequência de um passatempo”, reforça o presidente do Sebrae. Mesmo em um cenário praticamente de pleno emprego, em todas as regiões do país a maioria das mulheres que conduzem suas próprias empresas são movidas pela oportunidade e não pela falta de alternativas.

Boa parte desse resultado pode ser creditado à força do mercado interno brasileiro, fortalecido pela expansão da classe média. Mas, o fator determinante para o aumento do número de mulheres que empreendem é a flexibilidade para administrar o próprio tempo: gerenciar a própria empresa permite que elas consigam dividir o trabalho com outras atividades da vida familiar. “Isso não quer dizer que elas trabalhem menos, mas ganham autonomia para escolher seus horários”, completa Barretto.

A pesquisa GEM, uma iniciativa da London Business School e Babson College, é feita em 68 países, cobrindo 75% da população global e 89% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. No Brasil, ela é patrocinada pelo Sebrae e realizada pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Foram entrevistadas 10 mil pessoas de 18 a 64 anos, de todas as regiões, e 85 especialistas em empreendedorismo. Entre os ouvidos pela GEM estão desde pessoas que estão se preparando para iniciar um empreendimento até os que já estão.

Fonte
Pequenas Empresas & Grandes Negócios

terça-feira, 18 de março de 2014

Mercado de peixe reserva uma série de oportunidades para empreender. Confira

Parece conversa de pescador, mas tem peixeiro por aí que não precisou investir alto nem trabalhar no limite da capacidade para conquistar um faturamento polpudo no fim de ano. Isso acontece graças à boa maré pela qual passa o produto no Brasil e tem a ver, sobretudo, com a publicidade em torno da alimentação saudável que colocou o pescado como opção aconselhável de consumo e promissora de venda.


Do tanque de criação até a geladeira do mercado, o setor comemora a expansão recorrente da demanda, atualmente em 14,5 quilos per capta ao ano, segundo dados divulgados pelo Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA). É muito mais do que há nove anos, quando eram 4 quilos por brasileiro.

“O consumo está maior e a produção também”, afirma a secretária de planejamento do MPA, Maria Fernanda Nince, que aponta o cultivo como uma das áreas mais aquecidas do segmento. “É um bom momento. Em relação a aquicultura, que é a criação para o consumo, trabalhamos com uma ampliação de 1,5 mil hectares de áreas novas e produção anual de mais 600 mil toneladas de peixes”, destaca.

O paulista Roberto Imai, dono de uma empresa de processamento na área e coordenador do Comitê da Cadeia Produtiva da Pesca e da Aquicultura da Fiesp (Compesca), concorda. Para ele, apesar da forte concorrência com a importação, responsável por uma balança comercial desfavorável na ordem de R$ 1,2 bilhão em 2013, há espaço para a profissionalização e a expansão da aquicultura.

“A produção, apesar de ser uma atividade um tanto quanto antiga, tem passado por diversas mudanças, principalmente por conta de uma leva de licitações promovida pelo governo federal em represas de hidrelétricas. Isso está tirando uma série de empresários da ilegalidade e criando marcos legais”, diz.

Um bom exemplo é o de Emerson Esteves. Ele é sócio da piscicultura Peixe Vivo na cidade de Rubineia, na região noroeste do Estado de São Paulo. Esteves mantinha há dez anos uma criação de tilápias de maneira irregular no reservatório da usina hidrelétrica de Ilha Solteira, na divisa de São Paulo com o Mato Grosso do Sul.

Com a nova onda de licitações, ele investiu R$ 3 milhões para a produção de pescados em quatro hectares do mesmo reservatório, só que do lado sul-mato-grossense. Para a licitação, comprometeu R$ 116 mil, a serem pagos em 20 anos. Agora, a expectativa do empreendedor é faturar R$ 5 milhões por ano, com produção de 100 toneladas de peixes.

“Tenho mais 10 hectares que aguardam a definição da licitação no lado paulista. Temos espaço para crescer”, explica Esteves, que espera incrementar sua capacidade de pescados para 1,8 mil toneladas ao ano. Um crescimento e tanto.

O mercado também reserva espaço ao comércio. Mas para João Donato Scorvo Filho, pesquisador do Instituto da Pesca (IP), quem se dedicar à venda do produto para o cliente final vai ter de buscar inovações, caso contrário, pode bater de frente com os supermercadistas, que se consolidaram no setor. “Tem de ser exclusivo, como uma butique de peixes, o que ainda não vi.”

Letícia Simões Miaki também não. Até que há dois anos e meio ela teve a ideia de montar a Peixe Gourmet, em Santos. O estabelecimento tem justamente a característica de um empório, com pescados limpos e congelados, tanto importados quanto nacionais. “Não é todo mundo que tem tempo de comprar um peixe fresco. E, mesmo fresco, se congelar em casa, ele perde qualidade”, explica a empresaria, que investiu R$ 400 mil na ideia, faturou R$ 600 mil em 2013 e pensa em expandir por outras praças, principalmente na cidade de São Paulo.

Confira as oportunidades no segmento:
Aquicultura: A grande aposta do setor é a cultura de tilápias, que até foi renomeada para Saint Peter.

Serviço: O setor necessitará de mais empresas processadoras. Já há uma carência por frigoríficos.

Importação: A deficiência local na pesca marítima é suprida pela importação. O nicho é interessante.

Varejo: Busque inovar para fugir da disputa com as grandes redes do setor.

Fonte
Estadão PME

segunda-feira, 17 de março de 2014

Mais de 70% das empresas são abertas por oportunidade

Na avaliação do presidente do Sebrae, Luiz Barretto, os resultados indicam a vitalidade do empreendedorismo no país mesmo em um período de pleno emprego. “A perspectiva é de que os pequenos negócios continuem em uma trajetória de crescimento, já que o mercado interno brasileiro ainda oferece muitas oportunidades de negócios, seja para a classe média, em expansão, seja para segmentos específicos de mercado”, avalia. Os microempreendedores individuais (MEI), microempresas e pequenas empresas – aqueles que faturam até R$ 3,6 milhões por ano – representam 99% das empresas brasileiras e mais de 8,3 milhões de Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ).

Ter seu próprio negócio é um dos três principais sonhos do brasileiro, atrás apenas de comprar a casa própria e viajar pelo Brasil. Fazer carreira em uma empresa vem em oitavo lugar entre os desejos dos entrevistados. “Sonhar é tão fundamental quanto se planejar. A maioria dos entrevistados afirma não ter medo de fracassar, o que é positivo, mas, para ter sucesso, o empreendedor também precisa investir na sua capacitação e buscar um diferencial para seus produtos e serviços”, pondera o presidente do Sebrae.

Na percepção do brasileiro, 84% consideram que abrir sua própria empresa é uma opção desejável de carreira. Para Sandro Vieira, diretor presidente o Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), também chama a atenção o fato do brasileiro estar mais atento às oportunidades do ambiente. “O percentual da população que afirma perceber oportunidades de negócio para os próximos seis meses nas proximidades onde vive subiu de 41,2%, em 2002, para 50 %, em 2013, com média de 45,1% no período."

Além de um grande mercado consumidor e dos avanços na legislação – em especial a redução de impostos do regime Supersimples –, um dos fatores que mais fortalece o empreendedorismo no país é o aumento da escolaridade: quase metade dos novos empreendedores tem pelo menos o segundo grau completo. Entre os novos empresários que estão cursando ou já completaram o Ensino Superior, 92% iniciaram o negócio por oportunidade.

“O perfil do empreendedor brasileiro é hoje mais escolarizado e também mais jovem”, destaca o presidente do Sebrae. De acordo com a pesquisa, 50% dos donos de negócios com até três anos e meio de atividade têm entre 18 e 34 anos, enquanto nas empresas que estão há mais tempo no mercado apenas 25% são dessa faixa etária.

A GEM
A pesquisa GEM, uma iniciativa da London Business School e Babson College, é feita em 68 países, cobrindo 75% da população global e 89% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial. No Brasil, ela é patrocinada pelo Sebrae e realizada pelo IBQP, em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV). Foram entrevistadas 10 mil pessoas de 18 a 64 anos, de todas as regiões, e 85 especialistas em empreendedorismo. Entre os ouvidos pela GEM estão desde pessoas que estão se preparando para iniciar um empreendimento até os que já estão estabelecidos no mercado.

Fonte
Pequenas Empresas & Grandes Negócios

Dados revelados pelo Sebrae a partir da pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM) mostram que de cada 100 brasileiros que começam um negócio próprio no Brasil, 71 são motivados por uma oportunidade de negócios e não pela necessidade. Esse é o melhor índice já registrado desde o início do levantamento, há 12 anos. Em 2002, apenas 42% das pessoas abriam uma empresa por identificar demanda no mercado, enquanto os demais tinham o empreendedorismo como única opção, por não encontrar alternativas no mercado de trabalho.

sábado, 15 de março de 2014

Veja 10 dicas de empreendedorismo do dono da maior franquia do país

 
O Grupo Boticário – que também engloba as marcas Eudora, Quem disse, Berenice? e The Beauty Box– fechou o ano de 2013 com mais de 3.600 lojas no país. Praticamente o dobro de unidades da segunda colocada no ranking da ABF, a Unepxmil 48Horas, franquia de rastreamento veicular, que contabilizada quase 1.800.

O faturamento acima dos R$ 8 bilhões no varejo, divulgado pela empresa, também é motivo de comemoração para Krigsner.

Para ajudar empreendedores a tirarem a ideia de negócio do papel em 2014, o empresário listou, a pedido do UOL, dez dicas para criar um negócio de sucesso.

1. Escolha um ramo do qual goste
Segundo Krigsner, o empresário precisa ter paixão pelo que faz e ser feliz no dia a dia da empresa, afinal a maior parte do tempo será dedicada a ela. "Eu gosto muito de empreender e do segmento em que atuo. Acordo todo dia com vontade de trabalhar", diz.

2. Tenha um diferencial
Para o fundador da rede O Boticário, ter um diferencial competitivo é fundamental para que pequenas empresas consigam fazer frente às grandes. E não precisa ser algo inovador, segundo ele. Atender bem o cliente, cumprir prazos e oferecer produtos de qualidade são pontos que podem fazer um cliente se tornar fiel ao negócio.

3. Assuma riscos

Empreender é uma atividade de risco, segundo Krigsner. Por isso, é preciso sempre se planejar e calcular cada passo da empresa para minimizar as chances de fracasso. "É preciso coragem para assumir riscos e enfrentar as dificuldades, principalmente no início", afirma.

4. Valorize a equipe
Nenhum empresário alcança o sucesso sozinho, ele precisa de uma equipe que faça o negócio a prosperar. Segundo Krigsner, é importante que todos os funcionários envolvidos nas conquistas da empresa sejam reconhecidos, valorizados e estimulados a permanecerem na corporação.

5. Seja transparente
A credibilidade de uma empresa se constrói com honestidade e transparência, de acordo com o criador da rede O Boticário. Prometer apenas o que pode ser cumprido e não subestimar clientes e fornecedores são algumas atitudes que podem contribuir para a construção de uma imagem sólida.

6. Tenha visão de negócio
Segundo Krigsner, o empreendedor precisa olhar à frente, ter clareza de onde quer chegar. Ele precisa ter objetivos e metas claras e não enxergar o negócio apenas como um ganha-pão.
"Nunca me passou pela cabeça que O Boticário chegaria aonde chegou. Mas sempre me passou pela cabeça o sonho de fazer algo grande", declara.

7. Preocupe-se com a comunidade
Uma empresa, no entanto, não deve ser focada somente em resultados financeiros, segundo Krigsner. É preciso considerar o impacto causado na comunidade e pensar em formas de melhorar a vida dessas pessoas.

8. Aperfeiçoe-se com o tempo
Para Krigsner, o empresário não pode parar no tempo e deve investir no aperfeiçoamento pessoal.
"Não existem fórmulas prontas para o sucesso, mas o empreendedor tem de buscar informação e usar a própria experiência no mercado para melhorar o negócio e fazer a empresa crescer", diz.

9. Levante-se após um tombo
Para o criador do Grupo Boticário, um empresário deve ter a capacidade de se levantar após um tombo e retomar o curso do negócio. Segundo ele, nem todas as ações de um negócio são bem-sucedidas e, por isso, é necessário avaliar os erros e recomeçar de uma maneira diferente.

10. Tenha paciência
É normal que um empreendedor, especialmente no início do negócio, espere resultados e lucro rápidos. No entanto, Krigsner diz que prosperidade, maturidade e experiência vêm com o tempo.
"Uma empresa sólida não é construída de uma hora para outra. É preciso ter paciência para entender e aceitar isso como um processo natural."

Fonte
UOL Economia

Uma empresa só existe se for capaz de atrair e reter clientes

Qualquer estudante universitário de administração irá concordar com ela e todos os gestores, sem exceção, seguem pelo mesmo caminho. Dessa forma, é plausível supor que as empresas se organizam pautadas por essa visão desenvolvendo mecanismos orientados a atrair e reter seus melhores clientes, correto? Ledo engano. Minha experiência no relacionamento com inúmeros gestores, empreendedores, vendedores mostra que esse é um preceito de difícil assimilação. Explico o porquê.

Ao longo de décadas todo o mercado corporativo se movimentou rumo a excelência operacional, buscando a sistematização de seu meio produtivo já que a lógica vigorante desde a Revolução Industrial foi: quanto mais produzo, mais vendo já que a demanda é maior do que a oferta. Assim, as empresas se acostumaram a orientar seus esforços olhando sempre para “seu próprio umbigo” devido a uma visão orientada ao universo do cliente.

Com a consolidação da globalização que aumentou o nível de concorrência ao extremo e, sobretudo, da tecnologia da informação que, por meio da internet, disseminou as informações a uma velocidade sem precedentes, essa lógica mudou. Vivenciamos um contexto onde a oferta é maior do que a demanda em praticamente todos os setores corporativos organizados e o poder de barganha dos clientes cresceu exponencialmente.

Nesse cenário é necessário voltarmos aos fundamentos da gestão e resgatarmos a sentença de Peter Drucker como principal orientação estratégia – e tática – para nosso negócio. É aqui que entra em cena uma visão que tenho preconizado desde muito antes do lançamento de meu livro “Vendas 3.0”, há cerca de 5 anos: é necessário encararmos vendas não apenas como uma atividade tática, operacional. Essa visão é típica do pós-Revolução Industrial. É imperativo entendermos vendas como uma filosofia que orienta a organização na busca de seu objetivo mais essencial: atrair e reter seus melhores clientes.

Essa visão pressupõe que a filosofia de vendas deve permear todos os níveis da organização, tanto os funcionais como os hierárquicos, estendendo seus tentáculos por todo o ambiente e contaminando a todos com a visão do cliente. Vendas não é uma atividade que deve ficar encarcerada na área comercial, sendo alvo de discussão dos vendedores e afins.

Incorporar essa filosofia no negócio é fator crítico de sucesso para os dias atuais. Um efeito colateral virtuoso dessa orientação é que se a organização realmente incorporou essa visão, ela é capaz de transformar seu negócio, corrigindo rotas inclusive quando do lançamento de ofertas ao mercado inadequadas. Se a empresa é realmente permeável à visão do cliente, ela recompõe sua proposta de valor, se adapta ao que é almejado e retoma o curso do crescimento.

Não é fácil instilar essa visão na organização. Essa tarefa se inicia por meio da construção e alinhamento de todos quanto ao significado da própria visão. A partir daí é importante analisar todas as práticas de negócios para verificar se elas estão alinhadas ou não a essa orientação, corrigindo rota e realizando intervenções proativas. Fácil? Pelo contrário. Muito difícil, complicado, demanda tempo e dedicação. Os resultados, no entanto, são consistentes e longevos. Melhor ainda: os resultados são a base para a construção da longevidade da sua organização. Vale a pena o investimento.

Sandro Magaldi é Vice-Presidente de Clientes e Negócios do Grupo TV1

Fonte
Endeavor Brasil

sexta-feira, 14 de março de 2014

Como transformar seu hobby em um negócio lucrativo


Você seria mais feliz se largasse o emprego só para fazer o que gosta? A boa notícia é que muitos empresários estão aproveitando seus hobbies para faturar.

Uma parte desses empreendedores faz parte do microempreendedores individuais (MEI). Hoje, mais de 1,5 milhão de empreendedores usam a própria casa como sede da empresa, segundo uma pesquisa divulgada nesta semana pelo Sebrae. Entre os mais de 3,5 milhões de microempreendedores individuais (MEI), 48,6% trabalham em casa. A pesquisa mostra ainda que 77% dos empreendedores que têm o artesanato como fonte de renda também usam a própria casa para tocar a pequena empresa.


Boa parte desses empresários aproveitou um hobby ou habilidade para deixar o emprego e empreender. É o caso de Isamara Neves Barbos, formada em publicidade, que comercializa itens para festas infantis através da internet. Depois de buscar enfeites para a festa da filha e não achar nada que gostasse, Isamara aproveitou suas habilidades artísticas para faturar com esta demanda. No boca a boca, ela foi ganhando clientes e equilibrando a rotina de profissional e empreendedora. “Eu fui me especializando, fazendo mais cursos técnicos e ganhando uma graninha. Comecei não só a vender o que aprendi nas aulas, mas a desenvolver novas peças”, conta.

Com uma loja no site Elo7, Isamara levou um ano para ter com o artesanato a mesma renda que tinha no emprego. “Eu acho que dá pra ganhar de 1,5 mil a 4 mil reais por mês, mas vai depender muito da pessoa e do produto”, conta. Depois de investir em materiais e máquinas, ela procurou capacitação. “Como a coisa foi crescendo, fui fazer curso de empreendedorismo para começar a melhorar meu horário de trabalho”, diz.

O caminho de Isamara pode servir de exemplo para muita gente que sonha em deixar o emprego e transformar um hobby em negócio. Para Cynthia Serva, coordenadora do Centro de Empreendedorismo do Insper, gostar do que faz já é um bom começo. “Quando a pessoa tem uma grande paixão, a gente fala que é meio caminho andado. Saber o que gosta e em que quer empreender é o melhor dos cenários”, indica a professora.

Mas, para que o processo dê certo, é preciso investir e tomar alguns cuidados. “Comece a testar, sem abandonar o emprego, de forma experimental”, diz Leo Feijó, consultor de comunicação da Rio Criativo, incubadora de economia criativa.

1. Diferencie hobby de negócio
Antes de começar, avalie se o seu hobby trará o mesmo nível de satisfação se virar um negócio. Vale lembrar que a atividade deixa de ser esporádica e passa a tomar a maior parte do seu tempo. “Existe uma reflexão que tem que ser feita que é se essa relação muda quando começa a ser trabalho”, indica Cynthia.

Mais do que isso, avalie também se você tem as habilidades que um negócio exige. “A maioria gosta muito do que faz e está engajado com a atividade, mas muitas vezes a maior dificuldade é na venda. Em uma composição societária, se quiser encontrar um sócio, é bom que ele seja complementar, um mais criativo e outro mais administrador”, diz Feijó.

2. Não subestime o planejamento
Se você acha que o seu hobby tem potencial para virar uma empresa, faça um pequeno planejamento. “Teste se tem outras pessoas que compartilham esse hobby e gostariam de ter acesso aos produtos, se enxergam valor nisso. Identificar algo que goste de verdade é super desejável, mas não tira a necessidade de planejar as premissas, saber se existe mercado, se existem pessoas que gostariam de pagar por isso e se existe concorrência”, diz Cynthia.

3. Pesquise o mercado
Esse planejamento começa com uma pesquisa de mercado, que pode ser feita de maneira informal no início. “Determine um nicho ou um segmento, um público e entenda esse mercado: se tem concorrentes, quantos existem na cidade? Como eles se posicionam? O que pode trazer de valor agregado? Como você pode se diferenciar dos outros players?”, ensina a professora.
Outro dado importante é saber quais preços são praticados nesse mercado e como seu produto pode se encaixar nesta faixa.

4. Ouça muitas opiniões
Já com algumas hipóteses sobre os caminhos do negócio, é hora de validar suas teorias. A dica é buscar pessoas além do seu círculo de amigos e familiares e estar pronto para ouvir opiniões. “A gente percebe que amigos têm certa dificuldade de serem críticos do ponto de vista construtivo, tentar expandir esse grupo para ter validações mais realistas é importante”, diz Cynthia.
Isso, segundo Feijó, ajuda também a avaliar se existe demanda para este hobby. “Comece a vender artesanalmente para família e amigos, para ver que a demanda existe. É bom que tenha um diferencial, desde embalagem até como faz comunicação”, afirma.

5. Escute os mais experientes
Ouvir empreendedores que já traçaram o mesmo caminho para abrir um negócio pode ser uma fonte de aprendizado. “Ao contrário do que a maioria pensa, o bom empreendedor está sempre aberto a conversar. Não vai dar consultoria de graça, mas pode falar como foi a trajetória e quem sabe pode ser um parceiro”, conta Feijó.

6. Prepare-se financeiramente
É natural que o novo negócio traga menos renda que o atual emprego, especialmente no começo. “Por quanto tempo consegue conciliar de forma paralela, sempre lembrando que, do ponto de vista financeiro, no início você tem algumas perdas comparando com salário”, questiona Cynthia.
Para isso, vale estruturar um pouco o plano de negócios. “Não precisa ser muito elaborado, mas tem que elaborar um horizonte de 5 anos e ver quanto precisa investir. Tem que acreditar e assumir certo risco, porque depende só de você”, diz Feijó. Segundo ele, um ano é um período razoável para fazer testes e avaliar se o negócio tem potencial.

7. Estude gestão (mesmo no começo)
Falta de conhecimento de gestão costuma ser um desafio para quem transforma o hobby em negócio. Por isso, se prepare, desde o começo, para saber lidar com a estrutura de uma empresa. “Transformar hobby em negócio exige muito trabalho, a princípio de planejamento, para estruturar uma empresa e é preciso se preparar para isso”, diz Cynthia.

Fonte
Revista Exame

quinta-feira, 13 de março de 2014

5 passos para ter uma comunicação não-verbal eficiente

Clareza e eficiência na comunicação são essenciais em discursos, reuniões de negócios ou até dentro de uma sala de aula. A transmissão verbal de informação é vital, mas é a forma como ela é apresentada que determina quanto o público se recordará da mensagem.



Dustin York, colaborador do site Entrepreneur, conduziu um experimento com quatro salas de aula universitárias, cada uma com 80 alunos, para verificar a eficiência da comunicação não-verbal. Cada turma recebeu um palestrante, dois deles utilizaram o recurso da comunicação não-verbal.
Os discursos eram idênticos, palavra por palavra, o que diferenciava cada um deles eram algumas táticas na hora da apresentação.

Cinco delas, em particular, foram destacadas por York:

1. Contato Visual.
O palestrante que se aproveitou da comunicação não-verbal estabelecia contato visual com cada aluno, no lugar de focar seu olhar para o PowerPoint e para determinados estudantes.

2. Oscilações no tom de voz. A monotonia não é desejada, nesse caso. A variação da fala, mesmo do ritmo, prende melhor a atenção do público.

3. Circulação. Movimentar-se pelo espaço na frente da sala foi mais uma das técnicas usadas por dois dos palestrantes. Enquanto isso, os outros dois instrutores limitaram-se a permanecer por trás de uma mesa.

4. Expressões faciais. Assim como a variação do tom de voz é uma técnica da comunicação não-verbal, diferentes expressões faciais também aprimoram discursos.

5. Gestos com as mãos. A dica é deixar as palmas das mãos à mostra, e não guardá-las nos bolsos ou apoiá-las em alguma superfície.

Em seguida, as turmas fizeram uma prova relacionada ao conteúdo da apresentação. York teve a conclusão que esperava da pesquisa. As duas salas que receberam os palestrantes que utilizaram os recursos listados tiveram notas 30% superiores.

Fonte:
Pequenas Empresas & Grandes Negócios

quarta-feira, 12 de março de 2014

5 lições de Richard Branson para quem está abrindo uma empresa

O inglês Richard Branson, de 63 anos, começou a empreender desde cedo. Sua primeira empresa foi uma loja de discos. Ele se considerava "virgem" quando o assunto eram negócios e o nome escolhido para o empreendimento refletia essa inexperiência: em 1973, nascia a Virgin Records.

Depois, a loja virou gravadora e Branson construiu um império, com atuação no mercado fonográfico, na aviação e até em viagens aeroespaciais.

Branson tem um espaço, no site da revista Entrepreneur, em que responde perguntas dos leitores. Na semana passada, o inglês deu uma verdadeira aula de empreendedorismo a Felix Yim, um estudante do ensino médio da Austrália. Yim vende chaveiros no eBay e está se dando bem, mas quer abrir uma "empresa de verdade", em suas palavras.

As lições dadas por Branson a Yim se aplicam a qualquer empreendedor que queira começar uma empresa. Segundo o dono da Virgin, o caminho é difícil, mas prazeroso. Confira dicas para abrir sua empresa e ter sucesso com ela:

1) Precisa de dinheiro? Se vira! – Sem capital, não dá para abrir o negócio. Simples assim. Branson conta que, quando começou a empreender, fazia de tudo para ganhar dinheiro – entregar jornais, lavar carros e aparar a grama do jardim dos vizinhos estavam entre suas atividades.

Trazendo a "correria" de Branson para a nossa realidade, é importante perguntar aos vizinhos e à família se eles precisam de alguma coisa. Trabalhe e junte o dinheiro.

Vale ressaltar que o capital inicial da empresa não precisa ser seu. Caso você precise de mais grana, financiamentos bancários, sites de crowdfunding e investidores-anjo são outras opções.

2) Arranje um ótimo nome –
Provavelmente, não é novidade para ninguém que o nome de uma empresa é muito importante para o sucesso. Segundo Branson, o nome precisa ser "pegajoso" o suficiente para fazer as pessoas relacionarem a marca ao produto.

No entanto, há exceções. Um exemplo? A própria Virgin. Este é um nome que não tem nenhuma relação com nenhum dos produtos e serviços oferecidos pelo conglomerado. Mesmo assim, chama a atenção – as pessoas se perguntam sobre o porquê do nome e não se esquecem da marca.

3) Atenda bem – Outra forma de se destacar é por meio do bom atendimento. A experiência da compra não se baseia apenas na qualidade dos produtos, mas no comportamento de quem vende e na postura da empresa no pós-venda.

4) Venda produtos únicos – Este é um dos diferenciais de negócios bem-sucedidos. Se uma empresa vende produtos únicos, menor a possibilidade de a concorrência vender as mesmas coisas. Na loja de discos, Branson vendia discos raros, dificilmente encontrados em outras lojas.

Mais recentemente, a empresa de Branson mostrou que a busca por novos produtos e serviços não é balela. Desde 2004, a Virgin Galactic oferece algo exclusivo: viagens espaciais.

5) Não se esqueça da regras de ouro – Por fim, Branson pede que os empreendedores não deixem de lado o que, para ele, são a principal regra para quem quer ter sucesso: faça o que você gosta de fazer.

Fonte:
Pequenas Empresas & Grandes Negócios

 

quarta-feira, 5 de março de 2014

8 passos para recrutar funcionários pela internet



Foi-se o tempo em que pessoas andavam por aí procurando emprego. Da mesma forma, nenhum empreendedor pode esperar que uma resma de currículos caia em sua mesa. Hoje, a internet facilitou bastante o contato entre empregador e candidato. Por outro lado, a web oferece tantas opções de sites de seleção de pessoas que fica difícil saber se a escolha por um determinado candidato foi mesmo a correta.

O site da revista Entrepreneur relacionou alguns pontos que devem ser levados em conta pelos empreendedores que procuram seus funcionários pela internet. Além de divulgar a vaga, é necessário divulgar o posto de trabalhos nos lugares certos e garantir que os currículos mais apropriados cheguem às suas mãos. Confira as dicas:

1) Crie uma boa descrição da vaga – Por um minuto, pense como alguém que está procurando emprego. Você não ficaria mais disposto a enviar seu currículo para uma vaga cuja descrição fosse mais detalhada? Com certeza, sua resposta é sim. Por isso, na hora de criar a descrição do emprego, informe no que consiste o trabalho, qual o expediente e quais são os requisitos e habilidades exigidos, por exemplo. Além de fazer mais pessoas se interessarem pela vaga, mostrar desde o princípio o perfil desejado fará com que a maior parte dos currículos seja realmente boa.

2) Procure opções pagas – Há vários sites de recrutamento que fazem seleções de pessoal pela internet. Além disso, sites como o LinkedIn e o CareerBuilder oferecem planos pagos, que permitem que o empreendedor tenha o contato direto com profissionais. Qual caminho seguir? Depende. A primeira opção é envolve empresas que contribuirão no processo de seleção. A segunda, por outro lado, é mais barata. Veja o que o orçamento permite.

3) Mas não se esqueça dos modelos gratuitos – Se o problema for dinheiro, outra alternativa é procurar plataformas de vagas gratuitas. Há um incontável número de sites que divulgam vagas de emprego. O próprio Facebook tem vários grupos para quem está em busca de uma oportunidade – e como esses grupos não cobram nada, a tendência é que sua vaga apareça por lá.

4) Direcione o envio da vaga – Uma dica para otimizar a análise dos candidatos é controlar o número de sites de recrutamento e divulgação de vagas que mostrarão a sua descrição. Esse controle é importante porque, em muitos casos, o empreendedor não tem tempo de ver centenas de currículos.

É bastante complicado fazer com que apenas um certo número de currículos chegue até você, por conta da facilidade do compartilhamento de informações na rede. Mas uma dica consiste em divulgar sua descrição em apenas uma plataforma. Se poucos candidatos se oferecerem, divulgue em mais locais até atingir uma quantidade satisfatória de currículos.

5) Procure sites de nicho – A internet está cheia de sites de divulgação de vagas, normalmente gratuitos, voltados para uma determinada categoria de profissionais. Quem está procurando emprego, por sua vez, vai exatamente nesses sites na hora de procurar emprego – pois é lá que as vagas certas estarão sendo exibidas. Pesquise quais são os sites mais conhecidos pelos candidatos e divulgue sua vaga.

6) Use as mídias sociais – Como já foi dito, o LinkedIn e os grupos do Facebook podem ser aliados na busca pelo colaborador ideal. No caso do LinkedIn, o usuário gratuito não tem acesso direto ao contato dos profissionais, mas a rede pode ser usada para ver se o candidato tem conexões em comum com você – pode ser que um colega seu já tenha empregado essa pessoa e tenha coisas boas (ou não) para falar sobre ela. O mesmo se aplica a mídias sociais como o Facebook e o Twitter.

7) Deixe a vaga no ar pelo tempo certo – Este passo serve mais para ajudar o empreendedor a não receber currículos e perder tempo mesmo após a vaga oferecida já ter sido preenchida. Faça o possível para que os sites que divulgaram a vaga a tirem do ar assim que o processo seletivo acabar.

8) Crie uma seção "trabalhe conosco" –
Por outro lado, se você quer manter um banco de currículos, vale criar uma seção "trabalhe conosco" no site de sua empresa. Se houver vagas abertas na empresa, também vale usar o site como um canal de divulgação da oportunidade.

Fonte
Pequenas Empresas & Grandes Negócios

segunda-feira, 3 de março de 2014

2 técnicas para motivar sua equipe

Auxiliar a equipe a formar metas, entendidas como o estado ou resultado desejado, é essencial para a empresa. Essa etapa é parte do trabalho medular do empreendedor sustentável.

As metas promovem a mobilização de recursos, tanto conscientes como inconscientes. Às vezes, a equipe chega ao final de um projeto sem ter claro o que quer conseguir, o que equivale a visitar uma agência de viagens sem ter um destino.

Se nossa equipe não sabe para onde quer ir, ainda que tenha muito claro o que não quer fazer ou o que não quer que aconteça, estabelecer metas pode ser tão difícil como para o agente de viagens vender um destino.

Para isso, usamos a técnica de desatar nós. O método é baseado em elevar a consciência, gerar responsabilidade e motivar a ação. Em cinco passos, saiba estabelecer metas. Comece definindo o objetivo, conheça a situação atual do cliente, do projeto ou da empresa.

Identifique recursos, antecipe e elimine obstáculos e, por fim, vá para a ação.

A segunda técnica é chamada G.R.O.W. (Goal, Reality, Options, What), e foi definida por Sir John Whitmore e descrita no seu livro Coaching para performance.

É um dos modelos mais utilizados nesta área. Muito útil para líderes que estão começando seu trabalho na motivação de equipes. Em grupos de no máximo 6 pessoas, cada um pergunta e anota a resposta do outro, até todos terem respondido. As respostas sem nome serão colocadas juntas para que dali saiam as soluções para ações. Muito importante que o projeto, o cliente ou a empresa sejam o foco das perguntas.

Pergunte o que se pretende atingir, como isso pode ser conseguido, qual a situação atual, como cada um enxerga este momento, quais são as opções de solução, qual a mais indicada.

O ideal é que o primeiro passo seja clarear a missão de vida/empresarial do líder. Nossa missão determina nossa existência e, consequentemente, inúmeros outros parâmetros que determinam nossa conduta e caminho para decisões e planos. Assim a equipe poderá se motivar a seguir com um plano e comum.

Flávia Lippi é mentora e diretora-presidente do Instituto de Desenvolvimento Humano Lippi (IDHL)

Fonte
Revista Exame

domingo, 2 de março de 2014

Você sabe improvisar?

O nome para isso é improviso. Mas não confunda com “dar um jeitinho”: improviso requer prática e inspiração.

Tudo aquilo feito ou dito sem preparação ou ensaio prévio pode ser definido como improviso, segundo o Houaiss. É o mesmo que repentino, imprevisto. Na música, em particular, significa um conjunto de modificações momentâneas introduzidas pelo intérprete numa composição, no momento da execução. Entre esses e outros sentidos do termo improvisar, um deles desperta especial atenção: criar (objeto) com os recursos do momento.




Que empreendedor não se reconhece nessa definição?Com um pé em cada barco, na música e no empreendedorismo, Gustavo Ziller, que já foi Empreendedor Endeavor no período em que tocou a empresa de conteúdo e aplicativos Aorta, vê a comparação com otimismo: “Quando se tem capital em abundância ao criar uma empresa, é grande a chance de ter uma acomodação sua ou da sua equipe. Quando o capital é escasso e a turma está ali, no fio do bigode, a coisa fica mais real”. Segundo ele, é uma chance de se provar o tempo todo.

Se o paralelo entre improviso e empreendedorismo ainda não está claro, conheça a seguir alguns desafios do improvisador do jazz que se aplicam ao empreendedor e vice-versa, para que, chegado o momento, você execute a sua jam session com excelência.

Diversidade de experiências
Para Ziller, a vida é definida por “referências e edições”. Começa com os pais, com cada gesto, cada palavra, cada atitude diante de um impasse ou problema, seguidos pelo restante da família, amigos, professores. Neste sentido, quanto mais formos expostos à diversidade de experiências, mais rico será o percurso. Da mesma forma, não há improviso sem coragem para lançar-se à aventura da diversidade.

Não confunda com “jeitinho”
“É comum confundir improviso com pirotecnia ou jeitinho”, atenta Ziller. Se improvisar é, em sua essência, realizar algo sem preparação prévia, pode apostar que requer muita habilidade para funcionar. Não existe mágica. Para alcançar a excelência, o músico de jazz passa uma vida estudando e se preparando. Por que seria diferente com o empreendedor?

A jam session do empreendedor
No jazz, a jam session é o momento da sintonia perfeita, quando você acha os músicos certos e todos entram em uma espécie de transe, no qual a canção flui de forma orgânica, produzindo uma sensação incrível. “No empreendedorismo, é algo muito próximo disso”, identifica Ziller. “Você não é bom em tudo, reconhecer isso rapidamente e montar um time que se completa é apoteótico.”

A pergunta que vale um milhão
“Todo o trabalho que estou fazendo agora vai ter retorno no futuro?” é o que qualquer um quer saber no calor da preparação. Deveria ser uma questão de tempo até que tudo estivesse no devido lugar e se tornasse fácil. No entanto, esse ponto de inflexão não existe. E mais: os melhores improvisadores, assim como os melhores empreendedores, nunca sentiram que chegaram a este lugar – em vez disso, estão sempre buscando o próximo nível e se esforçando para melhorar.

3 fatores para o avanço
Embora ninguém possa controlar o momento da guinada, depende de cada um preparar as condições ideais para o progresso. Alguns fatores são cruciais para isso: 1 - hábito: a pessoa que busca uma resposta todos os dias tem muito mais chances de encontrá-la do que alguém que a procura apenas quando é conveniente. 2 - repetição: a chave para a maestria. 3 - foco: defina um objetivo final, divida-o em partes menores e se concentre em exercícios que permitam resolvê-las uma de cada vez.

Inspiração
Como disse o pianista Bill Evans, “Me incomoda quando as pessoas tentam analisar jazz como um teorema intelectual. Não é. É sentimento”. Isso significa que, mais que um sonho grande e prática constante, se você quer melhorar, tem que ter inspiração. Tornar-se praticamente obsessivo com o seu objetivo, sentir-se movido em um nível mais profundo, é o que o levará a realizar o potencial que tem dentro de si.

Por Carolina Pezzoni

Fonte
Endeavor Brasil

 

sábado, 1 de março de 2014

Onde procurar inspiração para empreender

Para a ciência, inspiração é o processo de se fazer novas conexões com conhecimentos já existentes. Ou seja, é a capacidade de perceber, de ficar atento a todas as influências externas que nos rodeiam, como informações, pessoas, lugares, situações e necessidades.

A busca por inspiração para empreender pode vir de cases de empresas, biografias e histórias de empreendedores de sucesso, e também, claro, de histórias de insucesso.




Ao ler e se imaginar na situação do empreendedor, mais do que conhecer o percurso que foi trilhado com todas as dificuldades e desafios, o importante é se colocar no lugar do outro e pensar o que você faria na mesma situação.

Outras formas de inspiração podem ser suas próprias experiências adquiridas ao longo da vida, pesquisas e estudos para acompanhar tendências, mudanças demográficas e sociais e ideias que deram certo em outros lugares. Empreendedor precisa ser pesquisador também.

Momentos inspiradores podem vir com maior frequência para aqueles que têm a capacidade da observação. As pessoas enxergam o mundo de maneiras diferentes, mas os empreendedores demonstram uma capacidade superior de ficarem atentos às informações ao seu redor.

E são essas informações, ou insights, que são fundamentais na resolução de problemas ou identificação de oportunidades de inovação. Ser empreendedor é ter a capacidade de imaginar, desenvolver e realizar visões.

Sua inspiração pode estar te “rodeando” todos os dias, nas tarefas ou situações mais simples e triviais possíveis. Cabe a você perceber e ver além. Lembre-se: faça o que você ama. Nada pode ser mais inspirador do que trabalhar com o que se gosta.

Cynthia Serva é coordenadora e professora do Centro de Empreendedorismo do Insper
Fonte
Revista Exame